História de Salvador - O Bombardeio de 1912
A História de Salvador que o Brasil não pode esquecer!
Você sabia que Salvador já foi bombardeada? Não?
Então, vem comigo!
Depois do vídeo que falo sobre o Monumento da Cruz Caída,
onde eu cito que a cidade de Salvador foi bombardeada, eu fui bombardeado por
várias pessoas me perguntando: que história é essa? Como assim, Salvador foi bombardeada?
Pois eu tenho algo pra te dizer: Salvador foi bombardeada, sim! E pelo próprio presidente! Eu te convido a acompanhar a história de Salvador que precisa você precisa saber.
Bom, no início do século passado, havia, aqui na Bahia, uma grande disputa entre duas grandes oligarquias e, apesar de possuir vários nomes importantes envolvidos, vale citar apenas dois, Ruy Barbosa, na época Senador da República e J. J. Seabra, recém-chegado da Europa e que ocupava o cargo de ministro da Viação e Obras Públicas. Esse cargo, aliás, diz muito do que é denunciado sobre o Monumento da Cruz Caída!
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Rui Barbosa |
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J. J. Seabra |
Em 1911, J. J. Seabra de candidatou a governador da Bahia, e Ruy Barbosa foi categoricamente alegando que ele tinha inúmeras irregularidades que o impediam de concorrer, mas J. J. Seabra tinha o apoio do então Presidente Marechal Hermes da Fonseca que, para demonstrar o seu poder militar, colocou alguns navios de guerra desfilando pela Baía de Todos os Santos.
Essa tática deu certo poque o então governador renunciou e fugiu, o presidente do senado que deveria substituí-lo alegou problema de saúde e sobrou para o presidente da câmara dos deputados, Aurélio
Viana, assumir o governo que, para garantir a sua segurança, fechou o Palácio dos Governadores e a Câmara dos Deputados e transferiu a sede
do governo para Jequié, no interior da Bahia. Lá, ele fez uma assembleia onde iria decidir o que fazer já que o Estado estave sem governador.
Com o Palácio dos Governadores e a Câmara dos Deputados fechadas e guardadas pela Polícia Militar do Estado, os deputados que estavam do lado de J. J. Seabra conseguiram um habeas corpus. Mas o governador recorreu e disse que iria esperar a decisão do juíz.
O General Sotero de Menezes, vendo que Aurélio Viana estava irredutível, espalhou cartazes pela cidade dizeno que, se não abrissem por bem, usaria a força para garantir o direito dos congressistas. Todos ficaram apreensivos e então, o comércio fechou, as linhas de bonde pararam e as pessoas fugiram do centro da cidade.
No dia 10 de Janeiro de 1912, o Forte São Marcelo virou os seus canhões para o Palácio dos Governadores e deu dois tiros com pólvora seca, como um sinal de alerta. Mas como Aurélio Viana mantinha a mesma postura, um pouco antes das 14 horas teve
início o bombardeio. Além do Forte São Marcelo, o Forte de São Pedro e o Forte
do Barbalho se juntaram ao bombardeio da cidade. Isso duro cerca de 4 horas.
Vários prédios históricos foram atingidos, incluindo o
Palácio dos Governadores, hoje conhecido como Palácio Rio Branco, a Câmara dos
Deputados, hoje Câmara dos Vereadores, o Theatro São João e a Sé Primacial da
Bahia, a mesma referente ao Monumento da Cruz Caída. A biblioteca pública, fundada em 1811, foi incendiada por granadas,
destruindo inestimável documentação histórica e milhares de livros antigos.
Após o bombardeio, o exército ocupou o centro da cidade e
enfrentou a polícia estadual e a população civil que também lutou na batalha. Tivemos muitos mortos e feridos, mas a quantidade é incerta.
Aurélio Viana fugiu pra Paris...
Uma eleição foi organizada e J. J. Seabra venceu assumindo o
governo em 28 de maio de 1912.
Essa é a história de um presidente militar que, pra permancer no poder,
decidiu matar a sua própria população...
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